“All animals are equal, but some animals are more equal than others.” ― George Orwell

Uma Porca após 3 meses e 20 dias de gestação, dá à luz uma ninhada de cerca de 12 leitões.
Esses leitões irão viver menos tempo que o que passaram em gestação, na sua maioria destinam-se ao consumo humano.
Datam desde o século XV referências à atividade suinícola no concelho de Montemor-o-Novo, mas o Homem domestica Porcos desde 7000-8000 AC.
As imagens que captei, são de uma exploração em regime ao ar livre, com espaço e qualidade de vida para os animais.
No entanto o seu fim é o mesmo dos menos afortunados que nascem numa exploração intensiva em condições degradantes.
Estima-se que mais de 1.000.000.000 de Suínos sejam abatidos para consumo humano anualmente.
Algures no nosso percurso perdemos o equilíbrio entre a agricultura e as pastagens: ager versus saltus
Cada vez se fala mais na sustentabilidade do planeta e na necessidade de alterarmos os nossos hábitos, no entanto face ao crescimento populacional – de Mil Milhões em 1800 á previsão que se atinja os 10 Mil Milhões em 2050 – decerto que haverá coisas que não serão exequíveis.
A nossa exploração dos animais, o consumo insaciável de carne, o uso abusivo dos recursos naturais como se fossem inesgotáveis.
Teremos o direito de criar seres vivos só para o nosso consumo?
O que mostro é o ciclo de vida dos Leitões, criados ao ar livre e destinados aos fornos que produzem o Leitão assado que é considerado uma iguaria culinária em Portugal.
Das primeiras horas de vida, aconchegados pelos outros membros da ninhada, alimentando-se do leite materno, às brincadeiras e descoberta das primeiras saídas do abrigo onde nascem.
O corte dos colmilhos para que não se mordam, nem mordam as tetas da mãe, o seu transporte para o matadouro, percurso que fazem juntamente com outros Leitões oriundos de explorações intensivas e finalmente o Forno.
Não achei necessário ir mais além. O que mostro deverá ser suficiente para nos fazer pensar.

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